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Edelweiss, Edelweiss
Esta música quase me faz chorar.
Saudade do que não conheci e já não há.
O não realizado, o não sabido e nem revelado.
Na sequencia músicas brasileiras :
Não a morena de Angola, mas a baiana da praia
Quando pisa na areia tudo muda para todos,
Que poder, que persuasão !
Clara Nunes, claridade, clarividência !
Música alegre, bem ritimada,
Posso até subir mais de 1.800 colinas,
Mas é claro, todos nós precisamos de
Encontrar nosso amor.
Lembro então de nosso senhorio
Do hospital em Venda Nova, falando :
- Clara Nunes, ela mesma, vinha cantar
No cinema daqui, domingos à tarde,
Quem podia achar que ela ia chegar onde chegou ?
Hoje depois de tanto tempo dessa fala
A saudade me tomou neste domingo de tarde.
Saudade de Clara, saudade de Elis,
Saudade de Gal, de Jerry Adriani, Simonal .
Que bom morar num país tropical.
O calhambeque bibi, a gatinha manhosa.
Renato, Renato e seus Blue Caps
E lá vai Miguel a navegar... aleluia.
Bom ter saudade, bom poder lembrar.
Bom ter vivido e ter guardado na memória.
Porque o que tenho na memória, o que guardo,
Eu possuo, é meu domínio.
E revelando a outros o que lembro
Revivo e reavivo a chama do viver.
Viver é viver , presencial.
Ter vivido é lembrar.
O ter sido, o o ter amado é o lembrar.
Se lembro sou, se lembro tenho, se lembro eu vivi e estou vivo.
Geraldo Felix Lima
 
