-
Prazer e Dor
Pisando ainda as ¨Folhas Caídas¨
penso que o ocaso na vida, acaso não o é,
mas o gen da longevidade , se há ,
é de distribuição aleatória, de baixa penetração.
Diante disso, creio, o melhor a fazer
é seguir um curso de autopreservação.
Nada vivifica mais o corpo do homem
do que dar-se e doar prazer
de muitos jeitos e modos.
Não vale entregar-se ao sofrer,
a não ser que o sofrer dê prazer.
Aprendemos desde meninos
a usar a sublimação –
esta até tem valor em algumas ocasiões.
Não a usemos, porém, como única ferramenta.
Não adiemos o hoje, tempo não se inventa.
A pergunta a se fazer com resposta e conclusão:
- Sou feliz hoje ? – Estou feliz agora ?
Se a resposta for não, é tempo de reforma.
Ser feliz , um único dia na vida
já é grande conquista. Que a dor
seja sempre circunscrita, esta é nossa missão
de ser inteligente. Ficar quieto, sofrendo
é como fazer da mão o milho e deixar moer a mó.
O mais difícil na vida
é aprender por si só.
Aprender com alheia experiência
é sinal de sábia vivência.
A dor do stress, o stress da dor
na pele ou no mais profundo,
bem trabalhados
melhoram o meu e o nosso mundo.
“ Folhas Caídas”- Livro do poeta Almeida Garret. Em um dos poemas diz: “ O excesso de gozo é dor.”
Geraldo Felix Lima
