SAÚDE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE - GERALDO FELIX DE LIMA



  • Saúde Física na Terceira Idade

     

    Bem estar – sim, saúde é bem estar, físico, mental, emocional, espiritual. Saúde tem como objetivo a busca da totalidade, da integralidade e, assim, deve ser substantiva, pouco adjetivada. Assim como não podemos departamentalizar, separar corpo, mente e espírito, também não conseguimos ter vários tipos de saúde; a saúde é uma, una. Aceitamos olhares diversos sobre saúde, mas o conceito saúde é único. Bem estar físico, mental, emocional, espiritual. Não dá para ser mentalmente saudável e espiritualmente doente. Ou ser fisicamente saudável sem ser mental, emocional e espiritualmente saudável. As aparências podem até nos dizer o contrário, mas, com o passar do tempo, a verdade aflora. Temos que buscar a integralidade na vida.

              Não se pode querer obter a saúde de repente, de um momento para o outro. A saúde é uma construção que se faz sempre, que nunca está totalmente pronta. Cada idade tem suas buscas e suas necessidades e, em cada idade, a saúde tem um viés diferente.

             Quando se tem a verdadeira saúde, uma eventual doença é um percalço, mas não um desastre. Podemos pensar que, assim como não crescemos de repente, também não envelhecemos de repente. A cada dia temos que repensar o compromisso de cada um consigo mesmo.

            O compromisso cotidiano com a saúde física impõe algumas premissas:

    1-                         Uma boa alimentação.

    2-                         Exercícios diários.

    3-                         Vencer o sedentarismo.

    4-                         Conviver – ou seja: vencer a solidão.

    5-                         Vencer os maus e criar bons hábitos.

    6-                         Evitar maus pensamentos e ideias circulares, que sempre voltam ao mesmo ponto de partida.

    7-                         Orar e meditar.

    8-                         Não se levar muito a sério, e nem aos outros, brincar, relaxar.

    UMA BOA ALIMENTAÇÃO

    a) Consumir a ‘quantidade’ adequada de alimentos. Não comer mais que o necessário para se saciar.

    b) Consumir a ‘qualidade’ adequada de alimentos. Podemos namorar um alimento mas não casar com ele. A qualidade se baseará na variedade e variabilidade dos alimentos. Temos que consumir todos os grupos de alimentos todos os dias. Carboidratos, Gorduras, Proteínas, Hortaliças, Frutas, Oleaginosas, Laticínios.  Isto compõe a variedade. A variabilidade consiste em misturar os alimentos todos os dias, não comer sempre os mesmos alimentos, evitar repeti-los sempre que possível. Buscar pelo menos uma alternância, mesmo no que considerarmos as melhores opções. Cardápios nos ajudarão criar uma agenda para os alimentos, quando marcamos com eles um salutar encontro.

    EXERCÍCIOS DIÁRIOS

    a) Caminhar – uma boa opção de exercício, se possível 5 vezes por semana, durante 30 minutos. A praticidade de caminhar está em podermos fazer sozinho ou acompanhado, na esteira ou na rua. E, se nos cansamos, podemos diminuir o ritmo e, logo que descansados, retomar o ritmo.

    b) Musculação – não havendo contraindicação médica e com orientação profissional, pelo menos 10% dos exercícios devem ser musculação. A vantagem da musculação é melhoria dos ossos, das articulações, ou seja, com a musculação preservamos nossa liberdade de ir e vir.

    c) Abdominais e Alongamentos – estes dão aos outros exercícios uma finalidade e função. Para que nos exercitamos? Para respirarmos melhor, para nos mantermos eretos, para mantermos nossa postura e também nossa autoestima.

    VENCER O SEDENTARISMO

    a) Não adianta nos exercitarmos e depois deitar em berço esplêndido. Temos que nos manter ativos o tempo todo, até sentar e levantar do sofá é um exercício que não devemos menosprezar.

    b) Sempre que possível devemos nos movimentar fora dos exercícios de obrigação diária.

    CONVIVER

    Não devemos simplesmente aceitar o lugar que nos dão. Devemos buscar a participação, a interlocução, o diálogo. Devemos ser par entre pares.

    VENCER OS MAUS E CRIAR BONS HÁBITOS

    a) Fazer uma lista dos nossos maus hábitos.

    b) Fazer uma lista dos nossos bons hábitos.

    Trabalhar sobre estes hábitos no sentido de ampliar os bons e diminuir o impacto dos maus hábitos.

    EVITAR OS PENSAMENTOS CIRCULARES QUE SEMPRE

    VOLTAM AO MESMO PONTO DE PARTIDA.

    a) O que passou passou. Não volta.

    b) Devemos conviver menos com os pessimistas e buscar a companhia das pessoas positivas.

    c) Não ter pensamento estagnado – Pensar, Decidir, Agir. Não ficar deixando tudo para um depois que não sabemos se vai haver.

    ORAR E MEDITAR

    Claro que o físico se conjuga com o espiritual. Orar e meditar podem parecer as partes mais fluidas do físico, mas sem elas o físico está incompleto e insosso.

    NÃO SE LEVAR TÃO A SÉRIO E NEM AOS OUTROS

      As brincadeiras, o lazer e o passatempo podem parecer fúteis, mas são o que dão sentido ao viver, ao conviver e porque viver mais.

    Geraldo Felix Lima

                                                                                                         28/6/2018