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Não existe fim de ano
Não existe fim de ano,
Somente dias se sucedem,
Num galope no tempo,
Nem salto aberto no espaço.
Não é preciso
Que o nosso coração dispare,
Como se quisesse saltar para fora.
Não existe fim de ano.
Somente festas,
Na tentativa de detê-lo.
A explosão da meia-noite,
Rápida, não se ouve
No outro dia.
Não me lembro agora.
Na verdade, nunca me esqueci
Que você em mim existe.
Não existirá um pouco mais
No próximo ano,
Porque ele não tem fim.
Cada dia,
Rompemos para o futuro,
Na busca do horizonte polido,
De um universo mais cantor.
Renovamos, cada dia,
Na sua sucessão
E em seu turno.
O mais grandioso estribilho:
Te amo, como um fio contínuo.
Heleno Célio Soares
