SANTO DO DIA - SÃO JOÃO DAMASCENO (04/12)




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  • Sexta-feira, 04 de dezembro, a igreja celebra a memória de  São João Damasceno

     

     

    Lembramos São João Damasceno, um santo Padre e Doutor da Igreja de Cristo. Nasceu em 675, em Damasco (Síria) num período em que o Cristianismo tinha uma certa liberdade, tanto assim que o pai de João era muito cristão e amigo dos Sarracenos, que naquela época eram senhores do país. Esta estima estendia-se também ao filho. Os raros talentos e merecimentos deste levaram o Califa a distingui-lo com a sua confiança e nomeá-lo prefeito (mansur) de Damasco.

     João Damasceno ainda jovem e ajudante do pai gozava de muitos privilégios financeiros, mas ao crescer no amor ao Cristo pobre, deu atenção a Palavra que mostra a dificuldade dos ricos (apegados) para entrarem no Reino dos Céus. Assim, num impulso para a santidade, renunciou todos os bens e deu aos pobres. Preferiu São João uma vida de maus tratos ao se entregar as "delícias venenosas" do pecado.

     Retirou-se para um convento de São Sabas perto de Jerusalém e passou a viver na humildade, caridade e alegria. Escreveu inúmeras obras tratando de vários assuntos sobre teologia, dogmática, apologética e outros campos que fizeram de São João digno do título de Doutor da Igreja. Com escritos defendeu principalmente a Igreja contra os iconoclastas, que condenavam o uso de imagens nas Igrejas.

     Certa vez, os hereges prenderam São João e cortaram-lhe a mão direita a fim de não mais escrever, mas por intervenção de Nossa Senhora foi curado. Seu amor a Mãe de Jesus foi tão concreto que foi São João quem tornou presente a doutrina sobre a Imaculada Conceição, Maternidade divina, Virgindade perpétua e Assunção de corpo e alma de Maria. Este filho predileto da Mãe faleceu em 749, quase centenário.

    Neste dia 4 de dezembro, a igreja celebra a festa de são joão damasceno, doutor da igreja e defensor da veneração de imagens e relíquias dos santos. “dado que agora deus foi visto na carne e viveu entre os homens, eu represento o que é visível em Deus”.

     Foi ordenado sacerdote e, sem se afastar do mosteiro, dedicou-se à ascese, à atividade literária e pastoral.

     Naquela época, o imperador de constantinopla, leão o isáurio, proibiu o culta às imagens, seguindo os iconoclastas que acusavam os católicos de adorar imagens. iconoclasta é uma heresia que afirma que é superstição o uso de uma imagem religiosa e pede que seja destruída. por isso, os iconoclastas destruíam as imagens e perseguiam quem as venerava.

     São João Damasceno defendeu esta veneração em seus três “discursos contra quem calunia as imagens sagradas”. o santo escreveu: “eu não venero a matéria, mas o criador da matéria, que se fez matéria por mim e dignou-se a habitar na matéria e através da matéria realizar minha salvação”.

    “Não é matéria o lenho da cruz três vezes bendita?... e a tinta e o santíssimo livro dos evangelhos, não são matéria? o salvífico altar que nos dispensa o pão da vida não é matéria?... e antes que nada, não são matéria a carne e o sangue de meu senhor?”, acrescentou.

     Sobre as relíquias dos santos, são joão damasceno sustentou que “antes de tudo (veneramos) aqueles entre quem deus descansou, ele, único santo que mora entre os santos, como a santa mãe de deus e todos os santos”.

    “Estes são aqueles que, enquanto possível, tornaram-se semelhantes a deus com sua vontade e pela inabitação e a ajuda de deus; são chamados realmente de deuses, não por natureza, mas por contingência, assim como o ferro incandescente é chamado de fogo, não por natureza, mas por contingência e por participação do fogo. diz, de fato: ‘sereis santos porque eu sou santo”, recordou.São João Damasceno morreu em meados do século VIII. o segundo concílio de niceia (787) respaldou o que o santo tanto defendeu, pois assinalou que as imagens podem ser expostas e veneradas legitimamente porque o respeito que lhes é demonstrado é dirigido à pessoa que representam. O Papa Leão XIII o proclamou doutor da igreja universal em 1890.