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Amor
O amor acontece
Sem que eu o busque ou queira
Acontece assim de qualquer maneira.
O amor vem
E toma minha mão
Leva-me e me assombra,
Avassala-me e não releva.
O amor
Conduz-me ao píncaro
E joga-me súbito
No abissal refúgio
E torna-me pertinaz andarilho,
Fatal notívago.
O amor
Mexe comigo, renova-me.
Embrulha-me e desembrulha
Como a um presente
Rejeitado ou querido.
Trata-me com compaixão e
Às vezes com astúcia.
No amor
Sou agente e objeto,
Nada e tudo.
Sou o alvo e o projétil
E delicio-me buscando
Alternativas várias ,
Perseguindo novos sucessos.
Geraldo Felix Lima
 
