ESCRITOS HELÊNICOS - BELO 3 (PISCA-PISCA E KAKULÉ)
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BELO 3
Pisca-Pisca e Kaculé
- Pisca, já estamos no momento de definirmos o que seja BELO. Afinal este é o nosso terceiro diálogo que se transformou em artigo no site da Exsecordis.
- Tá ficando íntimo, Kaculé! Antes eu era Heleno, depois, Pisca-Pisca e agora só Pisca... eu...heim? Amigo, vamos definir, metafisicamente, conjugando na definição de dois elementos de nossa conversa anterior e que se transformou em artigo...
-Um minuto e desculpe o corte. Os dois elementos: Subjetivo e Objetivo...
Diremos como Mercier que: “A Beleza é a qualidade de uma obra que, por uma coordenação feliz de suas partes, exprime intensamente, um tipo ideal, no qual ela se reporta.
-Bem! Vamos ver se entendi, Kaculé! Você está dizendo que a beleza, então, é o esplendor da ordem e da perfeição. É isso? Se for isso, eu concordo... Por enquanto.
- Pisca-Pisca! Vamos retornar a esta questão daqui a pouco, daqui a uma
duas ou 3 léguas. Já é mais do que hora de nossos colegas da Exsecordis
intervirem em nossa discussão e também opinar.
-Concordo. Afinal pertencemos a uma plêiade de ex-seminaristas, muitos são filósofos, navegam por diversas áreas do saber e são de alta estirpe intelectual. Precisamos, sim, da opinião e ajuda deles.
-Heleno, a não ser que não estejam lendo nossa discussão, ou ela não está a contento. O que me deixaria bem desconfortável.
-Não tem importância. Enquanto escrevemos exercitamos nossos conhecimentos e aprendemos a observar o mundo mais inteiro e intenso e buscar nele e em nós a “beleza”.
- Heleno, Mário Pilo (viu como estou pesquisando?) adota a definição popular do BELO, exclusivamente subjetiva e afirma: - “Tentai um interrogatório entre uma centena de pessoas de qualquer condição e cultura, tiradas ao acaso do número de tantas com que conviveis todos os dias, sobre o conceito que fazem sobre o BELO. Todas vos dirão: “ BELO é o que nos apraz””
-Então, pelo contrário, declamar outra definição ou conceito ( vamos deixar a semântica de lado), você diria que é um filosofo solitário ou um papagaio erudito?
-Deixa de ironia e não complica, Helepisca. O assunto já não é fácil e você
aumenta as dificuldades do labirinto. E eu, na verdade, me declaro estar
entre os indoutos ...
-Kaculé! Nem tanto... Nem tanto. Sabemos quando uma coisa é bela, mas
ficamos ignorando por que é belo. O fato de nos agradar... Não pode ser
somente a razão de sua beleza, pois assim, o BELO seria exclusivamente
subjetivo, isso é, simplesmente de nossa atividade mental ou emocional.
-Então, Pisqueleno, a discussão sobre o belo vira caracol. Vamos ao objetivo. A razão de sua beleza está em si mesma. No esplendor da ordem e da perfeição com que se apresenta aos nossos sentidos e à nossa inteligência.
-Gostei. É uma discussão eterna, mas caminhamos. Amigo Kaculé, hoje você está demais! Podemos então afirmar que há certa correspondência entre o BELO e as disposições psicológicas de quem contempla. A definição popular não consegue reunir, numa definição ou num conceito mais adequado os dois elementos objetivo e subjetivo.
- Por hoje, chega. Agora é pedir ajuda a nossos colegas exsecordianos para também opinarem sobre o tema e depois discutiremos os vários conceitos: Na antiguidade, na Idade Moderna e... Sem doutrinação, viu? Até a próxima.
Vamos estudar!
 
