DOMINGO XIV DO TEMPO COMUM Lucas 10,1-12.17-20 - Juan Diego Giraldo Aristizábal, PSS
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DOMINGO XIV DO TEMPO COMUM
Lucas 10,1-12.17-20
A Igreja existe para evangelizar. Assim, todos nós somos missionários. Não só alguns (vai além dos 12: “escolheu outros setenta e dois” (v.1). Aliás, “setenta e dois” expressa que o Evangelho deve ser anunciado a todos (Cf. Gn 10 onde 72 são os povos da terra). Somos todos evangelizadores em todas as nossas realidades.
- "A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos” (v.2). O mundo precisa ouvir a beleza do Evangelho. Enquanto exista no coração do homem o anseio do amor, do sentido, da verdade, da beleza, o anúncio do amor de Deus revelado em Jesus Cristo deve ser anunciado. Mas, como pode acontecer este anúncio? Através de ti e de mim, através de homens e mulheres que sejam testemunhas deste amor. Queres ser um trabalhador na colheita?
- Vão!”. Ninguém se auto envia, a evangelização é uma missão que vem do Senhor. O primeiro é “ir”, pois às vezes é melhor ficar “fixo, sem movimento”. O que não tem movimento corre o risco de se atrofiar. Só se pode construir fazendo caminho. A missão implica um movimento interior permanente para poder ir ao encontro do outro. É saindo que podemos chegar. Mas este pôr-se a caminho acontece no meio duma realidade às vezes hostil ao amor: “Estou enviando vocês como cordeiros para o meio de lobos”. Como é bom sermos realistas para não nos escandalizarmos. E, o que fazer? “Não levem bolsa, nem sacola, nem sandálias, e não parem no caminho” (vv.3-4). Ir sem nada, mas com tudo. Quer dizer: aprender a viver segundo o essencial sabendo que a nossa única segurança é a presença de Jesus que nos enviou. Evitando distrações no caminho. Estás disponível para sair, para enfrentar hostilidades, para viver segundo o essencial?
- Anunciar a “paz” (v.5), “curar os doentes” (v.9), proclamar que o “Reino de Deus está próximo” (v.9) é a missão de todo cristão, quer dizer, fazer presente Deus Amor que transforma os corações e constrói uma realidade mais justa e fraterna. É belo como o cristão semeia no mundo (tão dilacerado pela solidariedade no mal) a fraternidade no bem que brota do amor. Mas, atentos! Não nos impomos, senão propomos; não fazemos violência, senão amamos. Como na vida corriqueira podes ser presença do amor?
Aceitemos este convite de Jesus, com a certeza de saber que a maior alegria será que “os nomes de vocês estão escritos no céu” (v.20). Ou seja, estar no coração de Deus, amados por Ele como filhos.
Juan Diego Giraldo Aristizábal, PSS