V DOMINGO DA PÁSCOA João 15,1-8

 

 

Permanecer significa...

 

1.     Comunhão com o amor de Deus

As três figuras do Evangelho: Videira (Jesus), o Agricultor (o Pai) e os ramos (nós), ajudam-nos a entender que, assim como o Agricultor cuida (ama) da videira, assim Deus Pai cuida de nós.

Por Jesus (videira) nós (ramos) entramos no mistério do Amor divino, estabelecendo-se uma relação recíproca na qual o amor se dinamiza e se faz Vida em nós. De fato, diz Jesus: “Assim como o Pai me amou também eu vos amei” (Jo 15,9) e “Conheço as minhas ovelhas, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai” (Jo 10,15).

 

 

2.     Receber o influxo de Jesus

Se os ramos não estão unidos à videira morrem. Precisamos do influxo permanente de Jesus Cristo na nossa vida, da permanente ação do seu Espírito em nós. A nossa vida depende disto: “Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto se não permanecerdes em mim” (Jo 10,4). Pensar que podemos tudo pelas nossas próprias forças é um erro (cfr. Gaudete et Exsultate, 47-62, O Pelagianismo Atual). Deus permanece em nós para nos cuidar (cortar, limpar), para nos doar a sua Graça: “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 10,5; cfr. 1Jo 3,24). Será com esta Graça que poderemos nos manter fiéis, não obstante as vicissitudes e contrariedades da vida.

 

 

3.     Frutos que são sinal da nossa união ao Cristo

O maior fruto da ação permanente de Jesus Cristo em nós é o amor: “Aí está o critério para saber se somos da verdade” (1Jo 3,18); de fato, este identifica um ramo que está unido á videira: “Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse produz muito fruto” (Jo 10,5b). Outro fruto é que nossa oração será, não para que Deus faça a nossa vontade, mas para que nós possamos fazer a vontade dEle e Ele cumpra em nós as suas promessas: “Pedi o que quiserdes e vos será dado”, ou seja, a nossa oração brotará sempre da nossa união à videira.

 

Juan Diego Giraldo Aristizábal, PSS