III DOMINGO DO TEMPO COMUM – MARCOS 1,14-20

 

   O Evangelho de hoje nos introduz na vida pública de Jesus, nos ajudando a entender o “plano” de Jesus. O que Ele fará e dirá.

 

    1. “Vendo Deus as suas obras de conversão e que os ninivitas se afastavam do mau caminho, compadeceu-se e suspendeu o mal que tinha ameaçado fazer-lhes, e não o fez” (Jn 3, 10). A conversão pede uma orientação da nossa existência para Deus, mas tem sido o Senhor a dar o primeiro passo; alguém disse, refletindo sobre a passagem de Jonas: “convertamo-nos àquele que se tem compadecido de nós”. Não daremos o passo à conversão se não compreendemos que a “compaixão” de Deus nos precede. A conversão pede uma orientação dos valores, a graça de colocar o essencial no centro e de relativizar aquilo que é passageiro e secundário, “pois a figura deste mundo passa” (1 Cor 7,31). Viver o momento presente desde o que “não passa”.

 

    2. “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!” (v.15): Contrário ao que muitas vezes temos ouvido: “seja bonzinho para que Deus ame você”, Jesus nos anuncia que demos uma nova direção à nossa existência porque o poder amoroso e misericordioso de Deus está entre nós. Existe uma motivação para que as nossas atitudes, os nossos critérios, as nossas decisões peguem uma nova orientação. Não será mais o medo e o temor de sermos condenados, mas a alegria de sermos amados e perdoados. Como se resistir ante tanto amor que o Pai nos oferece no seu Filho Jesus Cristo? Vive a experiência do amor (convertei-vos), porque és amado pelo Amor (crede no Evangelho).

 

   3. “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens” (v.17): Jesus nos quere partícipes do seu Reino, do seu ministério. Somos convidados a sermos multiplicadores da sua boa nova. Mas é preciso seguir Ele, permanecer com Ele, Lhe conhecer. Ninguém pode doar o que não tem. Ninguém pode mostrar a os outros a “luz” e o “amor” se primeiro não conhece Aquele que é a Luz e o Amor. Seguir Jesus para logo cativar o coração dos homens. Não se pode esconder o amor que temos conhecido, não podemos poupar nenhum esforço para partilhar, desde o que somos e fazemos, a alegria de ter conhecido o amor de Deus que ilumina as nossas vidas.

 

  Como os apóstolos que “deixaram as redes e seguiram o Senhor” (v.18.20), também nós possamos deixar tudo aquilo que nos impede abrir o nosso coração. Jesus é a Luz que nos revela um novo tempo e nos convida à conversão a fim de sermos também luz e amor.

                                                                                        

Juan Diego Giraldo Aristizábal, PSS