II DOMINGO DO TEMPO COMUM - JOÃO 1,35-42 - Juan Diego Giraldo Aristizábal, PSS



  • II DOMINGO DO TEMPO COMUM - JOÃO 1,35-42

     

       Proponho a meditação à luz da identidade de Jesus que aparece no Evangelho: Cordeiro de Deus (v.36); Mestre (v.38); Messias (v. 41).

     

       1. Colocar-nos na centralidade da nossa fé: “João estava de novo com dois de seus discípulos e, vendo Jesus passar, disse: “Eis o Cordeiro de Deus!” (v. 35-36). Os cordeiros eram oferecidos em muitas celebrações do AT para oferecer a Deus e alcançar a purificação dos pecados (Cfr. Éx 29, Lv 4-5). Jesus não é “outro” cordeiro, Ele é “O Cordeiro”. Ele nos purifica, nos salva, nos perdoa de modo definitivo. João nos coloca no essencial da nossa fé. Hoje, perante tantas ofertas com pretensão de “verdade”, precisamos voltar ao centro da experiência cristã. E esta é a missão da Igreja: “mostrar-nos” Jesus, fazer-nos voltar permanentemente para Ele. João não se centrou em si mesmo, mas assinalou (“Eis”) Jesus. É triste que alguns que tem esta missão na Igreja a tenham esquecido: ou renunciam a anunciar o essencial do Evangelho ou fazem do Evangelho a plataforma para se mostrarem.

     

       2. Fazer experiência do encontro para saciar o coração: “Jesus respondeu: “Vinde ver”. Foram, pois, ver onde ele morava e, nesse dia, permaneceram com ele” (v. 39). O Mestre transmite os ensinamentos necessários para aprender a viver, para agir qualificadamente na vida, para conhecer a vontade de Deus, para formar o coração dos seus discípulos e para que cresçam no discernimento.  A pergunta “Rabi (Mestre), onde moras?” (v. 38) reflete o nosso coração em permanente busca, que se deixa atrair perante a presença daquele que foi apresentado como “o Cordeiro”. A resposta de Jesus “Vinde ver” (v. 39), mostra a sua qualidade de Mestre que, invitando aos seus discípulos a uma experiência de intimidade e profundidade, quer oferecer uma resposta douradora. Da fato, só é possível um processo de fé amadurecido, “morando” e “permanecendo” com Jesus, do contrário se vive na superficialidade motivada, muitas vezes, pelo sentimentalismo e pela pressa. E onde impera a superficialidade não pode brotar a autêntica fé.

     

       3. Comunicar, pela atração, a alegria da salvação: “André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram as palavras de João e seguiram Jesus. Ele foi encontrar primeiro seu irmão Simão e lhe disse: “Encontramos o Messias” (v. 40-41). Ninguém pode oferecer o que não tem. André, tendo “ouvido” e “seguido”, dá testemunho do que tem “vivido”: o encontro com o Messias. Ele reconhece em Jesus a fidelidade de Deus que salva o seu povo. Eis aqui a nossa missão como cristãos: levar aos outros e alegria da salvação que vivemos em Jesus. Não impomos a ninguém a nossa fé, mas pelo nosso “jeito” de viver damos testemunho da beleza do Evangelho. Que a nossa falta de testemunho não prive a outros da luz de Jesus Cristo em suas vidas. De fato, Pedro, graças a André, viveu uma transformação, uma nova vocação, uma nova missão: “Jesus olhou bem para ele e disse: “Tu és Simão, filho de João; tu serás chamado Cefas” (que quer dizer: Pedra) (v. 42).

     

    “O que estais procurando?”....

     

    Juan Diego Giraldo Aristizábal, PSS