SAGRADA FAMÍLIA – LUCAS 2, 22-40

 

   Esta festa nos ajuda a compreender, mais uma vez, que o nosso Deus não só se fez homem, mas também assumiu a realidade duma família. Assim, nos mostra a beleza da família, e a eleva para que nela entre a realidade do amor. O desafio é fazer que as nossas famílias sejam santas, e isto é só possível quando existe nela a primazia do amor “sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição” (Col 3,14).

 

  O que podemos aprender da família de Nazareth?

 

   1. O CUIDADO PELO BEM ESTAR DO OUTRO, PORQUE É UM DOM DE DEUS: “Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor” (v.22b) – “O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele” (v. 40). Porque reconhecemos o mistério do amor de Deus naqueles que amamos, lhes oferecemos os valores mais valiosos e acompanhamos o seu processo de crescimento e maturidade integral.

 

   2. O PERDÃO COMO MEDIDA DO AMOR E O DIÁLOGO VERDADEIRO, MAS RESPEITOSO: “Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria.” (Cl 3, 12-13.16). Só quem conhece o amor de Deus, sabe perdoar. E sabemos da necessidade desta prática no interior das nossas famílias! Falar claro, mas com amor. Evitar a comunicação indireta. Lembramo-nos deste episódio da família de Nazaré: “Filho, porque procedeste assim conosco? Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura. Jesus respondeu-lhes: Porque Me procuráveis?” (Lc 2, 48-49).

 

   3. TUDO SOB O OLHAR AMOROSO DE DEUS PARA VIVER E PARA DISCERNIR AS DECISÕES COTIDIANAS: “Conforme está escrito na Lei do Senhor” (v. 23); “Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para Nazaré, sua cidade” (v.39).  Só colocando Deus no coração das nossas famílias e cultivado os valores que brotam do Amor poderemos crescer integralmente como Jesus no seio do lar de Nazareth: “E Jesus ia crescendo em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens” (Lc 2, 52).

 

   Que as nossas famílias sejam escola do autêntico humanismo, igreja doméstica, lar de misericórdia: “Revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando-vos mutuamente...” (Cfr. Col 3,12-21).

 

Juan Diego Giraldo Aristizábal PSS