ESCRITOS HELÊNICOS - BOM DIA



  • Objetivando tornar este Site mais diversificado e  dinâmico, está sendo inaugurada a página "ESCRITOS HELÊNICOS".
    O termo "helênicos" não faz qualquer referência aos gregos ou à Grécia, mas ao novo colaborador Heleno Célio Soares, professor e escritor que  , segundo ele, "...gosto de brincar de escrever, uma vez que o faço prazerosamente, aproveitando o meu tempo de aposentado."
    Heleno é um escritor extremamente versátil, não se prendendo a um só tipo de  literatura . Ele brindará o leitor, de forma regular,  com um poema, uma crônica, um conto, um ensaio etc. 
    A Diretoria da EXSECORDIS deixa registrado aqui os agradecimentos ao Heleno pela valiosa colaboração, tornando mais rico e atraente  o "site" sob sua reponsabilidade.
    A nova página se inaugura com os belos poemas "Bom dia" e  "Às vezes". 
    Boa leitura!

    Vicente de Melo
    Presidente da EXSECORDIS

    BOM DIA

     

    Bom dia,

     Thiago de Mello!

     “Faz escuro, mas eu canto”.

     E ainda bordo as estrelas

     Pisca-piscando.

     Gargalho com as folhas

     Até do outono e do inverno.

     

     Brinco com minha barba

     Já próxima do poente

     E suplico: Não vá embora!

     

     Convoco os valentes

     Que vão aos bailes,

     Ou cercam as tropas.

     Vamos ainda mover

     As massas vespertinas e primaveris

     Para desespero dos poderosos.

     Acordaremos com o pão,

     Acordaremos com a terra,

     Acordaremos com o trabalho

     Em nossas mãos.

     

     Bom dia, Thiago de Mello!

     “Faz escuro, mas eu canto"! 

     

                                                               

                                                    

     

    ÀS VEZES

     

     

    Às vezes, a pausa

    Toma uma pessoa.

    E há uma permanência

    Com seu silêncio.

     

     E ele diz: - Por que em ti

    Tanta nuvem?

     

    Às vezes, a pausa

    Toma inteira uma pessoa.

    Toma em suas mãos

    o silêncio.


     E ele diz: - Tu somente

    Te escutas. Por quê?


     Às vezes, a pausa

    Invade, por inteiro uma pessoa..

    Em seu coração,

    A nostalgia.

                                                               

      E ele diz: - Olha o horizonte...

     Há flores, também perfume.


    Ah! E espinhos também!

    Então... Sem nenhuma resposta,

    A voz se afasta...

    Mas, não o deseja assim.

     

     E os sons?

    Deixam de ser sinfonia.

     

    ( Assim fala o poeta)

    Heleno Célio Soares