SANTO DO DIA - SANTA MARIA CRUCIFICADA E SANTA NINA (15/12)




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  • FONTE: www.rs21.com.br

    SANTO DO DIA – SANTA MARIA CRUCIFICADA E SANTA NINA (15/12)

     

    Santa Maria Crucificada

     

    Santa Maria Crucificada de Rosa nasceu em 1813, em Bréscia, Itália, com o nome de Paula Francisca Maria. De família nobre, muito cedo ela perdeu a mãe, e como a família era numerosa, ela teve que assumir a administração da casa. Mas, ao lado dos trabalhos e preocupações domésticas, ela começou a envolver-se com os problemas sociais, principalmente aqueles que diziam respeito às operárias pobres e aos empregados da indústria de seu pai, que tentou casá-la com um rapaz pertencente à nobreza, mas seu orientador espiritual, padre Francisco Pinzoni, um sacerdote equilibrado e prudente, conseguiu demovê-lo da idéia.

     

    A vida de Maria Francisca mudou radicalmente, quando no ano 1836 uma grande epidemia de peste assolou a Itália, e ela resolveu entregar-se de corpo e alma aos cuidados com os doentes. Os estragos causados pela epidemia fizeram-na dar o passo definitivo. Enfrentou a resistência do pai, até conseguir autorização para seguir sua vocação. Ajudada por Gabriela Bernati, também de família nobre, ela fundou a Congregação das Servas da Caridade. Depois da peste veio a guerra contra a Áustria, e ambos os acontecimentos deixaram um rastro de morte e desolação na Itália. A cidade de Bréscia que já havia sofrido os efeitos da peste, passou agora a sentir os efeitos da guerra conta os austríacos. Maria Crucificada e suas companheiras trabalharam incansavelmente cuidando dos doentes e feridos.

     

    A consolidação da Congregação foi difícil, mas pouco a pouco ela foi se firmando e se expandindo, e o trabalho das irmãs passou a ser reconhecido. Em 1850 ela solicitou do Papa a aprovação do novo Instituto, e no ano 1542, ela e mais 25 irmãs fizeram os votos religiosos de pobreza, castidade e obediência. A esses votos as Servas da Caridade acrescentaram o voto de dedicar a vida ao cuidado com os doentes e portadores de peste. Hoje a Congregação se encontra espalhada por todos os continentes. Maria Crucificada faleceu em 15 de dezembro e foi canonizada por Pio XII em 1954.

     

    Santa Nina

     

    No século IV, vivia, nas terras pagãs entre o mar Negro e o mar Cáspio, hoje território da Geórgia, uma jovem escrava cristã chamada Nina ou Nuné. Era o tempo do imperador Constantino e ela havia nascido na Capadócia, atual Turquia, e fora aprisionada por ocasião da invasão dos bárbaros aos confins orientais do Império Romano. Nina era uma escrava que demonstrava toda sua fé em Cristo, na alegria com que enfrentava as dificuldades e os sofrimentos.

     

    Esse fato chamou a atenção dos pagãos com quem convivia. Assim, teve a oportunidade de ensinar a palavra de Cristo a todos os que a cercavam. Tornou-se tão conhecida que passaram a chamá-la de “Cristiana”, a serva cristã.

     

    A antiga tradição russa narra que, certa vez, uma senhora procurou-a, pedindo que solicitasse a intervenção de Deus para que seu filho, gravemente enfermo, não morresse. Nina se ajoelhou aos pés da cama onde estava a criança e rezou com tanto fervor que o menino abriu os olhos, sorriu e levantou-se na frente de todos. Foi o bastante para que toda a região mostrasse interesse pela religião da serva de Cristo. Quanto mais prodígios ela promovia, mais catequizava e convertia os pagãos.

     

    Até que, um dia, a rainha desse povo, chamada Nana, adoeceu gravemente e nenhum remédio conseguia fazê-la melhorar. Tentaram de tudo. Nada parecia possível. Então, alguém se lembrou dos chamados “poderes” da serva cristã. Como último recurso, foram sugeridos à rainha, que mandou chamá-la. Assim, essa humilde escrava foi ao palácio atender a rainha, levando consigo apenas a certeza de sua fé e a confiança de suas orações. Logo conseguiu curar a soberana.

     

    Enquanto ela se recuperava, seu marido, o rei Mirian, certo dia, saiu em comitiva para uma caçada. Mas o grupo acabou isolado no bosque devido a uma violentíssima tempestade. A situação era crítica, com trovões e raios incendiando árvores, pedras rolando ao vento e atingindo pessoas. O pavor tomou conta de todos, clamaram por seus deuses, mas nada acontecia. Lembrando-se da rainha, o rei decidiu rezar para o Deus de Cristiana. Uma luz, então, foi vista saindo do céu, a tempestade cessou e todos puderam regressar sãos e salvos à Corte. Nesse instante, o rei sentiu a fé invadir seu coração.

     

    Ao voltar, procurou a escrava Nina e lhe pediu que falasse tudo o que sabia sobre sua religião. Acabou catequizado e convertido. Entretanto os reis Mirian e Nana não podiam ser batizados, pois na Corte não havia nenhum bispo. Seguindo a orientação de Cristiana, o rei enviou esse pedido ao imperador Constantino. Nesse meio tempo, mandou construir a primeira igreja cristã, de acordo com uma planta feita sob orientação de Nina, já liberta. Quando chegou o primeiro bispo da Geórgia acompanhado de um grupo de sacerdotes missionários, encontraram o povo já abraçando a doutrina de santa Nina, como os fiéis a chamavam por força de sua piedade e prodígios de fé. Com facilidade, converteram a nação inteira, a partir da grande solenidade do batismo do casal real.

     

    Depois, junto com o bispo, o rei Mirian e a rainha Nana construíram o Mosteiro Samtavro, anexo àquela igreja, onde mais tarde foram sepultados. Nele também viveu alguns anos santa Nina, que morreu no ano 330.

     

    Venerada pelos fiéis como padroeira da Geórgia, suas relíquias estão guardadas na Catedral da Metiskreta, antiga capital do país. Seu culto foi confirmado, sendo realizado, no Oriente, em 14 de janeiro, enquanto a Igreja de Roma a comemora no dia 15 de dezembro.