SANTO DO DIA - DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DE SÃO JOÃO DE LATRÃO E SANTO ORESTES (09/11)




Clique aqui para ampliar
  • FONTE: www.rs21.com.br

    SANTO DO DIA – DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DE SÃO JOÃO DE LATRÃO E SANTO ORESTES (09/11)

     

    Dedicação da Basílica de São João de Latrão

     

    No ano 313, o imperador Constantino recebeu o batismo e baixou um decreto dando liberdade de culto aos cristãos. Sua mãe, Helena, que era cristã e se tornou santa, pediu que o filho construísse, na entrada de Roma, uma grande basílica, que se tornaria a residência do Papa. Assim foi erguida a Basílica de São João, em Latrão, um bairro de Roma.

     

    Não se sabe se a basílica foi dedicada a São João Batista ou a São João Evangelista. Mas a igreja abriga os restos mortais dos dois santos. A residência papal permaneceu neste local por 1500 anos, até a construção da atual Basílica de São Pedro.

     

    San Giovanni in Laterano ou Arquibasílica Papal de São João de Latrão (em latim: Archibasilica Sanctissimi Salvatoris et Sanctorum Iohannes Baptista et Evangelista in Laterano), chamada geralmente apenas de São João de Latrão ou Basílica de Latrão, é a catedral da Diocese de Roma e a sé episcopal oficial do bispo de Roma, o Papa. É sede da paróquia de Santissimo Salvatore e Santi Giovanni Battista ed Evangelista in Laterano (Wikipédia).

     

    A enorme inscrição em latim na fachada diz: CLEMENS XII PONT MAX ANNO V CHRISTO SALVATORI IN HON SS IOAN BAPT ET EVANG. O texto, fortemente abreviado, pode ser traduzido como “Papa Clemente XII, no quinto ano de seu pontificado, dedicou este edifício a Cristo, o Salvador, em homenagem aos Santos João Batista e João Evangelista”. San Giovanni foi dedicada inicialmente a Cristo Salvador e somente séculos depois é que foi co-dedicada aos dois outros santos. Como catedral do bispo de Roma, San Giovanni está acima de todas as demais igrejas da Igreja Católica, incluindo a Basílica de São Pedro. Por isto é chamada de “arquibasílica”, uma honraria única (Wikipédia).

     

    Santo Orestes

     

    Orestes é um nome de origem rude, de trágica lembrança, e muito divulgado no mundo cristão. Rude porque significa “homem da montanha”. De lembrança trágica porque, segundo a literatura grega, era filho de Agamênon, a quem vingou a morte ao matar a esposa adúltera, a própria mãe. E divulgado entre os cristãos porque é o nome de um mártir da fé.

     

    No livro dos santos da Igreja, só encontramos um com este nome. Dele sabemos, com certeza, que no final da Antiguidade era venerado como um mártir no dia de sua morte: 9 de novembro. E que alguns mosteiros importantes foram dedicados a ele, como o da Capadócia, no Século IV.

     

    Mais tarde, soube-se da participação de um monge do mosteiro de santo Orestes no segundo Concílio de Nicéia, onde saíram condenados os hereges iconoclastas, isto é, os cristãos que destruíam as pinturas e objetos sagrados.

     

    Provavelmente, esse monge era do Mosteiro da Capadócia, onde as relíquias mortais do mártir Orestes estavam guardadas. Como a sepultura estava sob a construção, os dados de Santo Orestes nunca foram encontrados e ninguém soube ao certo a sua origem.

     

    A tradição relata sua vida começando pelo ponto culminante: a morte pelo testemunho da fé. A fé cristã sempre foi marcada, ao longo dos séculos, pelos sacrifícios de seus seguidores, iniciados com a crucificação pela Paixão de Jesus Cristo. Orestes foi mais um desses mártires, provavelmente morrendo na última perseguição aos cristãos decretada pelos romanos.

     

    Temos uma narração milenar vinda da Capadócia que nos coloca Orestes como um médico acusado de incitar o povo contra a idolatria. Um médico, de fato, pode exercer muita influência sobre o ânimo dos doentes, que estão necessitados de ajuda material, mas que também precisam de conforto espiritual. Denunciado como cristão e pregador da nova fé, Orestes não negou.

     

    Durante o julgamento público, ele clamou que o céu lhe concedesse um prodígio capaz de cair sobre o povo, que queria trair a verdade do cristianismo. Imediatamente, foi atendido. Orestes, apenas com um sopro, fez as estátuas dos ídolos voarem como folhas mortas e as colunas do templo caírem, como se fossem de fios de palha. Foi condenado à morte.

     

    Mas antes foi torturado com pregos e arrastado por um cavalo. No final, com o cadáver desfigurado, foi atirado num rio, que devolveu seu corpo refeito e coberto com uma magnífica túnica. Foi assim que as relíquias do mártir chegaram naquele antigo local, onde existiu o famoso mosteiro de Santo Orestes, na Capadócia, atual Turquia.