FAZER DE CADA ACONTECIMENTO UMA OPORTUNIDADE - APOLONIO CARVALHO NASCIMENTO



  •  

    17/10/2022 

     

    FAZER DE CADA ACONTECIMENTO UMA OPORTUNIDADE

     

    Autor: Apolonio Carvalho Nascimento

     

    Em qualquer situação ou circunstância nós podemos amar, porque amar não é ter um sentimento, mas tomar uma atitude. Amar é uma decisão consciente e livre de agir segundo a lei do bem. Amar é servir, é orar por alguém, é perdoar, é dar ao outro e a mim mesmo a oportunidade de recomeçar e reconstruir um relacionamento. Posso amar na alegria e na dor, na saúde e na doença, pois não há momento ideal para amar. É difícil amar quando sou ofendido? Sim, é difícil, mas é aí que está o desafio da lei do bem que deve reger a minha vida. É esse o desafio do amor: não responder à ofensa com ofensa, mas responder ao mal com o bem. Podemos fazer de cada aconte…

    [10:00, 17/10/2022] Dom Alberto Taveira: Em horas determinadas concentremos o espírito para orar

     

    ( Da Carta a Proba, de Santo Agostinho, bispo - Ep. 130,9,18-10,20: CSEL 44,60-63 - Séc. V

     

    Desejemos sempre a vida feliz que vem do Senhor Deus e assim oraremos sempre. Todavia por causa de cuidados e interesses outros, que de certo modo arrefecem o desejo, concentramos em horas determinadas o espírito para orar. As palavras da oração nos ajudam a manter a atenção naquilo que desejamos, para não acontecer que, tendo começado a arrefecer, não se esfrie completamente e se extinga de todo, se não for reacendido com mais freqüência.

    Por isso as palavras do Apóstolo: Sejam vossos pedidos conhecidos junto de Deus (Fl 4,6) não devem ser entendidas no sentido de que Deus os conheça, ele que na realidade já os conhece antes de existirem, mas em nosso favor sejam conhecidos junto de Deus por sua tolerância, não junto dos homens por sua jactância.

    Sendo assim, se se tem o tempo de orar longamente, sem que sejam prejudicadas as outras ações boas e necessárias, isto não é mau nem inútil, embora, como disse, também nelas sempre se deva orar pelo desejo. Também orar por muito tempo não é o mesmo que orar com muitas palavras, como pensam alguns. Uma coisa é a palavra em excesso, outra a constância do afeto. Pois do próprio Senhor se escreveu que passava noites em oração e que orava demoradamente; e nisto, o que fazia a não ser dar-nos o exemplo, ele que no tempo é o intercessor oportuno e, com o Pai, aquele que eternamente nos atende.

    Conta-se que os monges no Egito fazem freqüentes orações, mas brevíssimas, à maneira de tiros súbitos, para que a intenção, aplicada com toda a vigilância e tão necessária ao orante, não venha a dissipar-se e afrouxar pela excessiva demora. Ensinam ao mesmo tempo com clareza que, se a atenção não consegue permanecer desperta, não deve ser enfraquecida, e se permanecer desperta, não deve ser logo cortada.

    Não haja, pois, na oração muitas palavras, mas não falte muita súplica, se a intenção continuar ardente. Porque falar demais ao orar é tratar de coisa necessária com palavras supérfluas. Porém rogar muito é, com frequente e piedoso clamor do coração, bater à porta daquele a quem imploramos. Nesta questão, trata-se mais de gemidos do que de palavras, mais de chorar do que de falar. Porque ele põe nossas lágrimas diante de si (Sl 55,9), e nosso gemido não passa despercebido (cf. Sl 37,9 Vulg.) àquele que tudo criou pela Palavra e não precisa das palavras humanas.