SANTO DO DIA - SÃO DIONÍSIO AREOPAGITA, SANTA MARIA JOSEFA ROSSELLO, BEMO-AVENTURADO COLUMBA JOSÉ MARMION (03/10)




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  • FONTE: www.sagradafamilia.com.br

    SANTO DO DIA – SÃO DIONÍSIO AREOPAGITA, SANTA MARIA JOSEFA ROSSELLO, BEM-AVENTURADO COLUMBA JOSÉ MARMION (03/10)

     

    São Dionísio Areopagita

     

    Os cristãos sempre sofreram intensas perseguições, chacinas e saques durante o transcorrer dos séculos, principalmente no início da formação da Igreja. Tanto que muitos dos escritos foram queimados ou destruídos de outra forma. Por isso a memória da Igreja, às vezes, tem dados insuficientes sobre a vida e a obra de santos e mártires do seu passado mais remoto. Para que essas poucas evidências não se perdessem, ela se valeu das fontes mais fiéis da literatura mundial, que nada mais são do que as próprias narrações das antigas tradições orais cristãs preservadas pela humanidade.

    Interessante é o caso dos dois santos com o nome de Dionísio, venerados pelo cristianismo. A data de hoje é consagrada ao Areopagita, sendo o outro santo, o primeiro bispo de Paris, festejado no dia 9 deste mês.

    O Dionísio homenageado foi convertido pelo apóstolo Paulo (At 17,34) durante a sua pregação aos gregos no Areópago, daí ter sido agregado ao seu nome o apelido de Areopagita.

    O Areópago era o tribunal supremo de Atenas, na Grécia, onde eram decididas as leis e regras gerais de conduta do povo. Só pertenciam a ele cidadãos nascidos na cidade, com posses, cultura e prestígio na comunidade. Dionísio era um desses areopagitas.

    Nascido na Grécia, no seio de uma nobre família pagã, estudou filosofia e astronomia em Atenas. Em seguida, foi para o Egito finalizar os estudos da matemática. Ao regressar a Atenas, foi nomeado juiz. Até ele chegou o apóstolo Paulo, quando acusado ante o tribunal em que se encontrava Dionísio.

    Dionísio, ao assistir à eloqüente pregação de Paulo, foi o primeiro a converter-se. Por isso conseguiu para si inimigos poderosos entre a elite pagã que comandava a cidade. Foi então que são Paulo acolheu o areopagita entre seus primeiros discípulos.

    Logo em seguida, Dionísio foi consagrado pelo próprio apóstolo como bispo de Atenas. Nessa condição, ele fez muitas viagens a terras estrangeiras, para pregar e aprender a cultura dos outros povos. Segundo se narra, nessas jornadas teria conhecido pessoalmente são Pedro, são Tiago, são Lucas e outros apóstolos. Além de os registros antigos fazerem referência sobre ele na dormição e Assunção da Virgem Maria, a mãe do Filho de Deus.

    Em Atenas, seus opositores na política conseguiram sua condenação à morte pelo fogo, mas ele se salvou, viajando para encontrar-se com o papa em Roma. Depois, só temos a informação do Martirológio Romano, na qual consta que são Dionísio Areopagita morreu sob a perseguição contra os cristãos no ano 95.

     

    Santa Maria Josefa Rossello

     

    Benedita Rossello era natural da belíssima cidade de Albissola Mariana, em Savona, na Itália. Nasceu no dia 27 de maio de 1811, descendente de uma humilde família de fabricantes de vasilhas e, desde cedo, teve de, literalmente, “colocar a mão na massa” para ajudar o pai com a modelação da argila. Mas trabalhar para a família não era o suficiente para Benedita. O que ela mais queria era trabalhar para o mundo, para os outros, para o próximo.

    Inscreveu-se muito jovem na Ordem Terceira de São Francisco e, aos dezenove anos, empregou-se numa residência para dar assistência ao chefe da família em sua doença. Fez um trabalho tão dedicado e confortador que, quando o doente morreu, a viúva quis adotar Benedita.

    A oferta foi recusada, pois a jovem buscava uma atividade maior. Tentou inscrever-se numa casa de caridade, mas a falta do dote financeiro suficiente a impediu de concretizar o sonho, deixando-a triste e amargurada. Nesse mesmo tempo, perdeu o pai e uma irmã, tendo de prover a família durante um período.

    Pouco tempo depois, o bispado de Mari procurava voluntárias para a implantação de um instituto de educação para meninas pobres e Benedita não perdeu tempo. Uma casa modesta e alugada serviu de semente para o que seria uma grande Obra, de início dirigida por Benedita e com apenas duas companheiras.

    Em 1837, fez os votos perpétuos de religiosa, tomando o nome de Maria Josefa. Três anos depois, era a superiora da nova Congregação religiosa: o Instituto das Filhas de Nossa Senhora da Misericórdia, que já contava com sete irmãs e algumas noviças.

    Entre tantas iniciativas de benemerência, uma ficou marcada: sob a tutela da madre Maria Josefa, o Instituto começou a abrigar escravos africanos, dando asilo, principalmente, a meninas provindas da escravidão humilhante e desumana. Ela, no futuro, ergueria muitas casas iguais, além de um seminário para filhos de operários pobres.

    A fundadora morreu em 7 de dezembro de 1880. O papa Pio XII declarou santa Maria Josefa Rossello em 1949. Ela, que dedicou toda sua vida aos doentes e às crianças, mesmo quando ainda não era religiosa, nasceu Benedita, e bendita foi sua dedicação à caridade, deve ser venerada com festa litúrgica no dia de sua morte.

     

    Columba José Marmion (Bem-Aventurado)

     

    José Aloísio Marmion nasceu na cidade de Dublin, na Irlanda, no dia 1º de abril de 1858. Seu pai, William, era irlandês e sua mãe, Ermínia, era francesa. O casal muito piedoso teve a graça de ver as três filhas se consagrarem a Deus, na Congregação das Irmãs da Misericórdia. Mais tarde, também o filho José, que ingressou no seminário diocesano da sua cidade natal, aos dezesseis anos de idade. Ele terminou os estudos de teologia no Colégio de Propaganda Fide, em Roma, onde foi ordenado sacerdote em 1881.

    No inicio, seu sonho era ser monge missionário na Austrália, mas foi cativado pela atmosfera litúrgica da nova Abadia de Maredsous, fundada na Bélgica em 1872, a qual visitara pouco antes de regressar à Irlanda. Imediatamente, pediu ao seu bispo para ingressar nesse mosteiro, mas foi-lhe dito que esperasse mais algum tempo.

    No seu ministério sacerdotal, de 1881 a 1886, conservou o zelo pastoral de missionário desempenhando várias funções: vigário em Dundrun, professor no Seminário Maior de Clonliffe, capelão de um convento de monjas redentoristas e de um cárcere feminino.

    Só então obteve permissão para realizar o seu grande desejo de tornar-se monge beneditino. Ingressou na Abadia de Maredsous, na diocese de Namur, Bélgica, e, tomando o nome Columba, iniciou o seu noviciado. Foi um período difícil entre monges mais jovens, pois teve de mudar de costumes, cultura e língua; entretanto esforçou-se na formação da disciplina monástica e assim pôde emitir os votos solenes em 1891.

    A partir desse momento, viveu intensamente o espírito monástico beneditino. A sua influência espiritual atingiu sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, os quais orientava para uma vivência fervorosa cristã através dos seus livros, traduzidos em mais de quinze idiomas: “Cristo, vida da alma”, “Cristo nos seus mistérios” e “Cristo, ideal do monge”, dos retiros e da sua direção espiritual.

    Foi ele que, em 1914, quando rebentou a Primeira Guerra Mundial, levou alguns dos seus monges mais novos para a Irlanda. Mas dois anos depois, ele, sozinho, voltou para a Bélgica. Ali, quando a guerra terminou, constatou que o clima político do país não permitia uma ligação permanente com a Congregação alemã. Foi então que recebeu o pedido para começar a constituir uma nova, e somente belga. Assim, em 1920, fundou a “Congregação belga da Anunciação”.

    Columba Marmion exerceu cargos importantes, como diretor espiritual, professor e prior da Abadia de Mont-César, em Louvain, e terceiro abade de Maredsous. Ele faleceu em 30 de janeiro de 1923, vítima de uma epidemia de gripe. Na ocasião, a fama de sua santidade e mestre de vida espiritual se fazia presente em todo o mundo católico.

    O papa João Paulo II declarou bem-aventurado Columba Marmion no Ano Santo do Jubileu de 2000. Sua festa litúrgica foi incluída no calendário para ser celebrada no dia 3 de outubro.