- 
						 
				 
Em 1999, outubro, já bem de noitinha, em minha casa lá na Praia da
Costa, Vila Velha, Espírito Santo. E, debruçado à janela... eis que...
Minha Janela
Desta janela,
Escrevo
Olhando as antigas estrelas
- Papai, tira os olhos do céu,
Ele está muito longe!
Desta janela,
Eu leio
A minha alma
Olhando o céu.
- Papai, entra pra dentro!
- Já estou entrando, meu filho!
Desta janela,
Colho lembranças...
Eh! Cada um traça seu destino!
- Será que plantei só flores?
Desta janela,
Olho meu filho já dormindo.
Dou uma cambalhota
Em mim.
Espelho. Espelho meu!
Haverá...
Deixa pra lá...
Depois lá vem alguém
Me interpretar!
Que saco, pô!
Heleno Célio Soares
 
