Caros amigos Exsecordianos,

Neste final de 2019, tenho me lembrado muito das pessoas que fizeram e fazem parte de minha vida. E é evidente que este grupo de ex- seminaristas me traz boas recordações .

No poema dirigido a vocês, deixo-lhes uma mensagem, ou mais de uma. Surgiu, hoje cedo, dentro de mim. Assim escrevo sem ser escravo, saboreando o  sentimento que me  envolve e não me subordinando a nenhuma regra nem  a palavras previamente selecionadas.

 

 

Não existe fim de ano

 

Não existe fim de ano.

Somente dias se sucedem,

Num galope no tempo,

Num salto aberto no espaço.

 

Não é preciso

Que nosso coração dispare,

Como se quisesse saltar para fora.

 

Não existe fim de ano.

Somente festas...

Na tentativa de detê-lo.

 

A explosão da meia-noite,

Rápida... não se ouve

No outro dia.

 

Não me lembro agora.

Na verdade nunca me esqueci,

Que o dia mais importante da minha vida é

Hoje.

 

. . .

 

 

Amigos excecordianos.

Na verdade, nunca me esqueci

que vocês existem.

Só não sabia mais quem eram.

 

E vou me lembrando, pouco a pouco

De cada um.

 

Amigos do Seminário.

Cada dia,

Rompemos para o futuro,

Na busca do horizonte polido,

De um universo mais cantor,

 

Renovamos cada dia,

Na sua sucessão,

E em seu turno,

O mais grandioso estribilho.

Eu os amo, como um fio contínuo.

 

                                                                                             Heleno Célio Soares

01 de janeiro de 2020