SANTO DO DIA - SANTA ALICE E SÃO GASPAR BUFALO (12/06)




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  • FONTE: rs21.com.br

    SANTO DO DIA – SANTA ALICE E SÃO GASPAR BÚFALO (12/06)

     

    Santa Alice

    Virgem

     

    O nome “Alice”, segundo alguns linguistas, é de origem grega e significa “marinha”; assim são chamados também certos peixinhos. Na mitologia pagã chamou-se Alice uma das ninfas, e precisamente a ninfa marinha, uma Ondina. Mas na hagiografia cristã, Alice é conhecida com o nome germânico de Adelaide. Uma primeira Adelaide, ou Alice, é festejada a 5 de fevereiro, abadessa de Willich, na Alemanha. Outra, é festejada a 24 de agosto, irmã de santo Edmundo de Cantuária, e governou, no século XIII, o mosteiro de Catesby, na Inglaterra.

    A santa de hoje, além de Adelaide e Alice, é também chamada Aleida ou Alida, e é talvez a mais comovente das três figuras femininas que trazem este nome. A sua santidade foi, de fato, paga a preço de longa e terrível doença, uma das doenças mais temidas e temíveis da Idade Média, que condenava todos os que eram atacados por ela a verdadeira morte civil, além da lenta morte física: a lepra.

    Nascida perto de Bruxelas, no início do século XIII, mostrou-se desde pequena dotada de inteligência e espírito precoces. Aos 7 anos de idade foi acolhida na abadia beneditina feminina de Cambre, na Bélgica, onde maravilhou as religiosas por sua memória excepcional e por sua ardente piedade. Aos 9 anos, o vento do milagre começou a soprar em tomo dela.

    Infelizmente, a jovem contraiu também precocemente a inexorável lepra. Se estivesse ainda no mundo, teria sido segregada e evitada com uma crueldade justificada apenas pelo medo da terrível doença. Estando já segregada num mosteiro, Alice foi rigorosamente isolada do resto da comunidade, enclausurada para sempre num sótão.

    Esse foi o purgatório terreno da monja leprosa, cujas dores foram consoladas por companhias celestes e aliviadas por sua profunda devoção ao Sagrado Coração de Jesus, que ela amou ternamente, muito antes que a devoção mesma fosse aprovada e adotada pela Igreja.

    Os seus membros se escamavam sob a ação da lepra. Perdeu a vista; mas de seus olhos ela fez uma oferta a Deus pelo bem dos outros. Em 1249, já reduzida a condições extremas, foi-lhe dada a unção dos enfermos. Mas ela agonizou por um ano inteiro, completando assim, à custa de penas indizíveis, o seu purgatório na terra. Morreu ali de junho de 1250.

     

     

     

     

    São Gaspar Búfalo

    Presbítero

     

    Vicente Strambi, que foi seu companheiro nas missões que havia nas regiões rurais do Lácio, o definiu como “terremoto espiritual”. O povo que escutava suas prédicas chamava-o “anjo da paz”. Com as armas pacíficas da palavra e da caridade conseguiu de fato conter o impressionante fenômeno do banditismo que proliferava nas periferias de Roma. Peregrinos e mercadores caíam infalivelmente nas emboscadas dos marginais. Nada adiantavam as expulsões, sanções e execuções capitais. O papa Leão XII recorreu então a Gaspar de Búfalo, que conseguiu amansar os bandidos mais temíveis. Porém, muitos outros méritos teve este santo, que o papa João XXIII definiu “glória toda resplandescente do clero romano, verdadeiro e maior apóstolo da devoção ao Preciosíssimo Sangue de Jesus no mundo”.

    Uma predição feita por uma piedosa religiosa em 1810 dizia que em tempos de grandes calamidades para a Igreja surgiria um zeloso sacerdote, que sacudiria o povo da sua indiferença, mediante a propagação da devoção ao Precioso Sangue. Naquele ano Gaspar de Búfalo, com dois anos de sacerdócio, fora preso por ter rejeitado o juramento de fidelidade a Napoleão.

    Gaspar nasceu em Roma a 6 de janeiro de 1786, filho de Antônio e Anunciata Quartieroni. Tinha começado às ocultas sua obra de evangelização do povo da periferia, dedicando-se aos carroceiros e aos camponeses da lavoura romana. São estas as personagens retratadas por Pinelli, que dão uma imagem sugestiva da Roma das primeiras décadas do século XIX; os carroceiros tinham transformado o Foro Romano, aos pés do Palatino, em depósito e mercado de feno.

    Libertado do cárcere, após a queda de Napoleão, Gaspar de Búfalo recebeu de Pio VII a incumbência de se dedicar às missões populares pela restauração religiosa e moral do Estado Pontifício. Ele empreendeu essa nova cruzada em nome do Precioso Sangue de Jesus, tornando-se o ardoroso apóstolo desta devoção. Fundou em 1815 a Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue e em 1834, ajudado pela B. Maria de Matias, o Instituto das Irmãs Adoradoras do Preciosíssimo Sangue. Quando morreu em Roma, a 28 de dezembro de 1837, num quarto em cima do Teatro Marcelo, são Vicente Pallotti, seu contemporâneo, teve a visão de sua alma que subia ao encontro de Cristo, como estrela luminosa. A fama de sua santidade não demorou a atingir o mundo todo. Beatificado em 1904, foi canonizado por Pio XII em 1954.