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    Futuro verde

     

     

    Por que o futuro verde

     

    Teima em tornar-se fervente chumbo

     

    E se esconde sutil e não aflito

     

    Em meus cabelos de pratas-cã?

     

     

     

    Alegra-te dentro do disponível peito

     

    E em sólido grito quero ver-te.

     

    Alegra-te na humana generosidade

     

    E renasças na queda mágica da cachoeira.

     

     

     

    Erga-te, grego que nominas,

     

    No espírito eterno em que confias!

     

    Tu já sabias,

     

    Agora vês de perto a clara verdade,

     

    Mensageira da viagem esperada.

     

     

     

    E, agora, com dignidade,

     

    Sorri o sorriso aberto

     

    Do guerreiro quebrando o árido deserto.

     

     

     

    Deixa luzir o cabelo branco

     

    Ao sinuoso vento.

     

     

     

    E, cada momento,

     

    Seja festa!

     

    Tu sempre lutaste, companheiro!

     

    Em tua tez contemplativa

     

    Percebes, sereno, o novo amanhecer.

     

    E ri, como há mil anos!

     

    Oh! Se me lembro!

     

    Tu sorris dos piegas...

     

    Heleno Célio Soares