SANTO DO DIA - SANTO IVO E SÃO CELESTINO V (19/05)




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    SANTO DO DIA – SANTO IVO E SÃO CELESTINO V (19/05)

     

    Santo Ivo

     

    Santo Ivo nasceu em 17 de outubro de 1253, na baixa Bretanha, França. Yves Hélory (Heloury ou Helori) era filho de um lorde, Helory de Kermartin, e Azo Du Kenquis. Era de uma família nobre e cristã. Recebeu boa educação. Ao terminar os primeiros estudos foi enviado à Universidade de París, com apenas 14 anos de idade, em 1267, para estudar teologia. Ele foi aluno de Santo Tomás de Aquino.

     

     Participou de algumas conferências, com São Boaventura, onde aprendeu sobre o espírito franciscano. Foi para Orléans, em 1277, para se estudar Direito Canônico e Direito Civil. Depois voltou para a Bretanha. Santo Ivo tornou-se Conselheiro Jurídico e Juiz Eclesiástico. Trabalhou na arquidiocese de Rennes, capital do Ducado da Bretanha, depois retornou para Tréguier. Julgava vários litígios, contratos, problemas matrimoniais, heranças, etc.

     

     Recebeu a ordenação sacerdotal em 1824, a convite do Bispo local, mas continuou trabalhando como advogado e juiz. Recebeu o título de “Advogado dos Pobres” por defender os menos favorecidos. Construiu um hospital para cuidar dos doentes mais pobres.

     

     Ele passava a noite em oração, alimentando-se de pão e água. Também saía procurando os pobres para ajudar, pregar e orientar. Com esse gesto ele conseguia o respeito de todos.

     

    Santo Ivo de Kemartin morreu de causas naturais, aos 50 anos de idade, em 19 de maio de 1303. Está sepultado na Catedral de Tréguier.

     

     

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    São Celestino V

    Papa

     

    Pedro de Morrone, penúltimo de doze filhos de humildes camponeses de Isérnia, onde nasceu em 1215, é figura emblemática do século de grandes santos, como são Francisco de Assis e são Domingos, mas também de profundas lesões no corpo da Igreja. Foram necessários dois anos de conclave para que os cardeais chegassem a um acordo sobre a eleição do papa na humilde pessoa do ermitão Pedro de Morrone, que assumiu o nome de Celestino V.

     

     O pontífice octogenário, eleito a 5 de julho de 1284, depôs a tiara a 13 de dezembro do mesmo ano, fazendo um gesto muito discutido pelos contemporâneos quanto à interpretação. Dante chegou até a colocá-lo no seu inferno, dando como causa: “Aquele que fez por covardia a grande renúncia”. Ao contrário, foi precisamente nesta oportunidade que o piedoso pontífice mostrara uma extraordinária firmeza de espírito, renunciando à tiara quando percebeu que príncipes e cardeais faziam perigosas manobras políticas a respeito de sua pessoa.

     

     Criado na serena paz do campo, primeiro esteve no mosteiro de santa Maria de Faifoli (1231-32), depois numa gruta do monte Pelenco em completa solidão. Fez a primeira viagem a Roma em 1238 e lá foi ordenado sacerdote com a licença de levar vida eremítica. Estabeleceu-se de fato no monte Morrone, perto de Sulmona, depois no monte Maiella, onde, em 1246, fundou a primeira comunidade eremítica, que em 1263 o papa Urbano IV aprovou, inserindo-a, porém, na ordem monástica beneditina. Para defender a nova Ordem dos Irmãos do Espírito Santo (mais conhecidos por Celestinos), Pedro de Morrone não hesitou em ir, em 1274, ao concílio de Lião, obtendo o reconhecimento do papa Gregório X.

     

     De volta à Itália, o santo eremita, impulsionado pelo desejo da solidão, andou de um lado para outro para visitar as várias comunidades monásticas, mas sobretudo para se subtrair às várias visitas de devotos admiradores, que o procuravam por causa da fama da sua santidade. Em 1286, convocou o capítulo geral da sua Congregação e nesta assembleia demitiu-se de prior escolhendo para morada o ermo de são Bartolomeu de Logio, depois o de são João de Orfente, em seguida o ermo de santo Onofre, onde recebeu a notícia de sua eleição ao sumo pontificado ao qual renunciou depois de cinco meses.

     

     Não conseguiu voltar à suspirada paz do ermo, pois o seu sucessor, Bonifácio VIII, temendo que os que apoiaram a eleição de Celestino V criassem novas dificuldades à Igreja, teve-o sob guarda no castelo de Fumone, onde o ex-papa viveu os últimos meses de sua vida no completo isolamento. Aqui o colheu a morte a 19 de maio de 1296. Clemente VI o proclamou santo a 5 de maio de 1313.