• -Fanatismo

     

    Bom dia, caro Heleno. Como vai? Tá chegando o dia, né? Estou rezando por você, viu?

    - Só podia ser você, Hermelino! Sua presença por telefone, Zap, sua preocupação para comigo me fazem sentir o que seja amigo. Estou com Deus, amigo! E Ele é ótimo. Está tudo correndo muito bem.

    - Obrigado! Vamos falar sobre fanatismo? Vivemos um momento, não só político, como também, religioso, epidêmico, esportivo... Nem sei mais quais estratégias usar quando converso com pessoas fanáticas.

    - Hermelino, não sou, nem de longe, especialista no tema. Somente um curioso, mas vamos nós dois examinar o assunto.

    O fanatismo pode ser enquadrado na categoria de transtorno psicológico, mas particularmente, transtorno delirante persistente, que já dissemina entre nós.

    -  Éh! Caro Heleno!  Vemos o fanatismo nos templos, nos grupos políticos, em associações de classe, sindicatos que buscam a defesa de grupos minoritários ou menos reconhecidos à guisa de poder e até injustiçados. Nesses típicos casos, a defesa do que se acredita leva o defensor (?) a destilar todo seu ódio ou complexos, pouco importando como  isso vai atingir o outro. Não querem debate. Sua opinião é que vale.

    - Temos, em Psicologia, o termo TGP (Transtornos Graves e Persistentes). Associa o nível de   incapacidade que interfere nas relações interpessoais. É um drama pessoal de um indivíduo  que nem sempre percebe que tem um transtorno.

    - Pelo que entendo, Pisca-Pisca, um fanático consegue viver normalmente, dentro de certas condições. Mas, com a convivência com essa pessoa vamos identificando o transtorno. O fanático consegue, inclusive, liderar  uma ou outra pessoa e até multidões, como se sua verdade fosse a melhor delas.

    - O termo “fanatismo”, Kakule´, vem do francês “fanatisme”, com as indicações de   intolerância, faccionismo, fervor excessivo, irracional e persistente, ou algo ou alguma entidade em que se acredita, ou crença, ou valores outros  defendidos sem a  nobreza racional ou emotiva do alvo atingido ou a atingir. O que o fanático segue e ou defende transforma-se em MITO. Claro que o vocábulo tem sua origem bem mais distante; na Grécia e em Roma, já era conhecido. Mas não é assunto para agora.

    - Heleno, sei por experiência própria e pelas minhas observações como delegado que o fanático não admite ter se enganado, ou estar errado ou haver dado um passo inadequado. Seria, para ele, como anular sua própria personalidade. Já vi, caro amigo, muitas amizades destruídas por causa do fanatismo. O fanático não  flexibiliza, ignora consequências. Traz   indicações paranoides de adesão apaixonada por uma causa e pode se avizinhar do delírio.

    - Isso mesmo, delegado! Conversar com gente inteligente e  experiente como você me traz tranquilidade para opinar... Pensar...Minha irmã, Maria do Carmo, psicóloga, me disse, um dia, que o fanático é “sectário”. ( Não confundir como ser “radical”. É bom pedir ajuda ao Paulo Freire). Ele traz consigo extrema credulidade a um determinado sistema seja ele político, religioso, causas sociais e ou outros.

    - Pois é Pisca-Pisca, no caso do fanático, ele se fecha e não adiantam        argumentações, opiniões, informações e parâmetros para mensurar os prós e os contras de tal política ou... ou... Quem contraria o fanático é carta fora do baralho. Merece execração. E o faz. E fica feliz porque o fez, pois defendeu sua “ doutrina “.

    Há algum tempo, meses , uma pessoa amiga me dizia que o Coronavirus foi fabricado, intencionalmente, na China e blá...blá...blá... Já percebeu, né colega? Dá pra argumentar? Adianta? Ele era e é até hoje um fanático  e eu não iria me desgastar à toa.

    - Kakule!  Somos, queiramos ou não, conscientes ou não, formadores de opinião. Estamos perto das eleições. Qual o nosso papel? O silêncio? . Acho que não. Mas o meu medo é o abraçar fortemente determinada posição, teimosamente uma posição, teimosamente crédulo de que sou proprietário da verdade e não aceito argumentações contrárias à minha. Vejo isso como TGP – Transtorno Grave e Persistente. Esse transtorno associa o nível de incapacidade que interfere nas relações interpessoais. Representa o drama pessoal em potencial no curso de um indivíduo.

    -Heleno, vamos passar para casos particulares de indivíduos fanáticos. E vamos rir  dos casos contados. E vamos falar sobre futebol. De Cruzeiro, Atlético, América e....

    - Sim! Concordo com você.  E vamos deixar o desenvolvimento intelectual deste tema para nossos amigos da Exsecordis. Será uma excelente contribuição que todos nós receberemos deles.

     Mas... Vamos estabelecer antes que  o melhor time do Brasil é o Cruzeiro, e sem *fanatismo*, viu?

    - kkkkkkkkkkkkkkkk .

    Heleno Célio Soares