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    Retinas

     

     

    Continuo pisando este chão

     

    E ouvindo o longo eco,

     

    Pousado e teimoso para não sair,

     

    Plantado, arraigado dentro de mim.

     

     

     

    Escuto o sorriso,

     

    A leveza verde de seus olhos,

     

    Os cabelos, ora roçando,

     

    O eco se aproximando,

     

    E sem fim.

     

     

     

    E me olho

     

    Dentro de minhas retinas,

     

    Nem foscas,

     

    Nem cintilantes...

     

    .

     

    E vou... E piso...

     

    Os caminhos revividos,

     

    Agora...

     

    No chão

     

    De minhas lembranças.

     

     

     

    Eu calco esse húmus perfumado,

     

    Inarredável,

     

    Sem fuga,

     

    Esse vento contínuo...

     

    Enfim!

     

    Heleno Célio Soares