SANTO DO DIA - SANTO ANASTÁCIO (22/01)




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    FONTE: rs21.com.br

    SANTO DO DIA – SANTO ANASTÁCIO (22/01)

    No ano de 614, o rei da Pérsia, Chosroas, invadiu a cidade de Jerusalém. Nesta ocasião se apoderou do “lenho santo”. Deus serviu-se deste fato para operar a salvação de muitos persas. Um deles foi Anastácio, filho de um célebre feiticeiro.

    A Santa Cruz, de que tanto se falava, excitou-lhe também a curiosidade e o desejo de vê-la. Sem ter a intenção de abraçar a religião de Cristo, nela se instruiu e sua admiração crescia, à medida que se aprofundava nos santos mistérios. Depois de algum tempo, se dirigiu à cidade de Hierápolis, hospedando-se na casa de um cristão. Este, no intuito de evangelizá-lo, convidou-o para assistir a diversas reuniões cristãs.

    A vida de Jesus e o testemunho dos santos mártires tocaram-lhe o coração, convertendo-se ao cristianismo. Após longa preparação recebeu o batismo e entrou para um convento em Jerusalém. Anastácio tinha um zelo tão vivo e ardente, que em pouco tempo, entre os irmãos, era o primeiro em virtude e santidade.

    Anastácio tinha como leitura predileta, além da Bíblia, a história dos mártires, tanto que lhe ardia um grande desejo de também ser martirizado. Diante do governador, declarou que havia abandonado a magia para ser cristão. Diante de tal afirmação Anastácio começou a sofrer séria perseguição. Mas continuou firme em sua fé. Anastácio, porém, para tudo só tinha uma resposta: “Sou cristão e como cristão quero morrer”.

    Da Palestina Anastácio foi transferido para a Pérsia, por ordem do imperador. Lá encontrou o martírio tão esperado. O rei Chosroas envidou primeiro todos os esforços para afastá-lo da religião cristã. Ofereceu-lhe uma alta patente no exército; permitiu-lhe viver como simples monge, contanto que só verbalmente negasse a fé cristã, embora de coração continuasse fiel discípulo de Cristo. “Que mal poderia causar esta negação? Poderia haver nisto uma ofensa a Cristo, se de coração com Ele ficas unido?”

    Anastácio declarou que teria horror até da sombra da hipocrisia. De novo lhe foram oferecidas colocações honrosas. A resposta de Anastácio foi a mesma: “A pobreza do meu hábito fala-te eloquentemente do desprezo que tenho pelas vaidades do mundo. Honras e riquezas de um rei, que hoje existe e amanhã será pó, não me tentam”.

    Vendo frustradas todas as tentativas, o rei recorreu à tortura. Cada dia era aplicado um novo tormento, experimentada nova provação. Anastácio, porém, preferiu sofrer a negar a fé. O dia 22 de janeiro de 628 trouxe-lhe afinal a salvação e a glória. Esgotadas a paciência e crueldade do rei, deu ordem de enforcar e decapitar o santo mártir.

    O corpo do santo foi atirado aos cães, que nada lhe fizeram, respeitando-o. Foi sepultado por alguns amigos cristãos. Mais tarde suas relíquias foram transportadas para a cidade de Constantinopla e de lá para Roma. Santo Anastácio é padroeiro dos ourives. É invocado também em grandes tentações, e em casos de possessão diabólica, porque pela aplicação das suas relíquias a um médico persa, este ficou livre da possessão.