SANTO DO DIA - SANTO HIGINO, PAPA, E SÃO TEODÓSIO (11/01)
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FONTE: rs21.com.br
SANTO DO DIA – SANTO HIGINO, PAPA, E SÃO TEODÓSIO (11/01)
Santo Higino, Papa
Santo Higino foi o 9º Papa da Igreja Católica Romana (136-140). Nasceu em Atenas, na Grécia. Foi o sucessor do Papa Telésforo (126-136) e ficou conhecido por tornar mais precisa a questão da hierarquia na Igreja e por estabeler o costume de haver padrinho e madrinha no batismo.
Filho de um filósofo grego, teve um pontificado difícil por causa das perseguições aos cristãos e pelas heresias que começavam a surgir. Contando com a ajuda de São Justino, condenou as heresias e seus defensores. Conseguiu triunfar diante desses perigos.
De acordo com Santo Ireneu e Eusébio de Cesareia, como papa teve de enfrentar um movimento gnóstico muito forte. Mas os hereges foram excomungados pelo Papa. Seu pontificado foi marcado pela preservação da integridade do ensinamento evangélico. Ele mexeu nas estruturas hierárquicas e na cerimônia do batismo, instituiu as ordens menores para melhorar o serviço da Igreja e preparação do sacerdócio.
Não se sabe a causa de sua morte. Acredita-se que tenha morrido martirizado sob o Imperador Marco Aurélio, em Roma. O Papa foi sepultado no Vaticano, próximo à tumba de São Pedro. Ele foi sucedido por São Pio I (141-155).
São Teodósio
Teodósio, cujo nome significa “um presente de Deus”, nasceu na Capadócia, atual Turquia, em 423, de pais ricos, nobres cristãos. Recebeu uma boa e sólida formação desde a infância sendo educado dentro dos preceitos da fé católica. Quando ainda muito jovem, era ele quem fazia as leituras nas assembléias litúrgicas de sua cidade. Um dia, lendo a história de Abraão, identificou-se com ele e descobriu que seu caminho era o mesmo do patriarca, que deixara sua terra para se encaminhar aonde Deus lhe apontava. Teodósio decidiu fazer o mesmo, seguindo inicialmente em peregrinação à Terra Santa, para conhecer os caminhos trilhados por Jesus.
Dotado de dons especiais como da profecia, prodígio, cura e conselho, sentiu a confirmação do seu chamado por Deus, ao se encontrar com Simeão, o estilista, outro Santo que havia optado por viver acorrentado e numa torre alta construída por ele mesmo. Simeão que nunca o tinha visto ou conhecido, o chamou pelo próprio nome e o avisou de que Deus o havia escolhido para converter e salvar muita gente. Teodósio entrou então para um convento próximo à Torre de Davi, onde rapidamente foi escolhido para a provedoria de uma igreja consagrada a Nossa Senhora. Mas sentia que aquela não era a sua obra, preferia a vida solitária da comunidade monástica do deserto, como era usual naquela época.
Depois, seguindo a orientação de São Longuinho, que o aconselhava em sonhos, foi habitar numa caverna, que segundo dizem fora ocupada pelos Reis Magos ao regressarem de Belém. Alí se entregou às duras penitencias e orações, passando a pregar com um senso de humildade que contagiava a todos que por lá passavam. Logo começou a receber discípulos e outros monges formando uma nova comunidade religiosa cenobítica, isto é, viviam uma vida retirada mas em comunicação servindo a comunidade movidos pelos mesmos interesses, princípios e prerrogativas cristãs.
Numerosos discípulos, de diversas nacionalidades, foram atraídos e reunidos por ele. Edificou três conventos, um para os que falavam grego, outro para os eslavos e o terceiro para os de idiomas orientais como hebreu, árabe e persa. Todos nos arredores de Belém. Construiu também três hospitais, um para anciãos, outro para atender todos os tipos de doenças e o terceiro para os que tinham enfermidades mentais. Aliás uma idéia muito nova para essa época e pouco freqüente no mundo inteiro. Além disso ergueu quatro igrejas.
Sua fama o levou ao posto de arquimandrita da Palestina, isto é, superior geral de todos os monges. Mas sua atuação contra os hereges acabou por condená-lo ao exílio, por confrontar-se com o Imperador Anastácio. Só quando o imperador morreu é que ele pôde voltar à Palestina reconquistando seu posto de liderança entre os monges.
Quando Teodósio morreu, com cento e cinco anos, em 529, seu corpo foi depositado na cova feita por ele mesmo, há muitos anos, naquela gruta onde os Reis Magos dormiram, entre Jerusalém e Belém. Seu enterro foi acompanhado pelo Arcebispo de Jerusalém e muitos cristãos da Cidade Santa assistiram ao seu funeral onde aconteceram inúmeras graças e prodígios, que ainda sucedem no local de sua sepultura, embora tenha sido profanada e saqueada pelos árabes sarracenos. Seu culto se difundiu rapidamente pelo mundo cristão e se mantém ainda hoje muito forte.