O PRINCÍPIO E O FIM DO ANO - SEBASTIÃO RIOS JÚNIOR




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    O PRINCÍPIO E O FIM DO ANO

     

    Recomeço do fim.  Vivencia-se uma economia estática e caótica abalando o mundo. Conforta, no entanto, como perspectiva positiva, neste país, o perceptível indício de lenta reação e recuperação. Porém, enquanto cresce a riqueza da elite privilegiada, a plebe mais sofre, carece e empobrece. O desemprego, a fome e a miséria conservam-se ameaçadores. Bocas ainda tapadas pela centenária provação divina, cujas variantes assinalam um desfecho imprevisível implacável.

    Um ano cruel se foi , em que os mandatários se digladiaram, em disputa do poder e da ambição. Continuarão assim, até que conquistem seu objetivo audacioso e malicioso. Polarizado neste  ano, dele dependerá a fartura ou o esgotamento da teta benfazeja. Esvai-se, então, o sentido decadente e residual de democracia. Camadas expressivas do povo permanecem inconscientes e ingênuas. Abraçam as causas insensatas e se aquecem com o pão e circo oferecidos de mão beijada pelos ambiciosos, destituídos de caráter, hombridade e sentimento humanitário.

    Em meio a tanto infortúnio, um monstro ameaçador e avassalador avança, sem que a humanidade se dê conta e o perceba. A tecnologia, que caminha a passos largos para o ápice, nunca dantes imaginado. Na telemedicina, robôs estão a explorar, desvencilhar os segredos do corpo humano e reparar as falhas de seu organismo, operando verdadeiros milagres. Substituem e encolhem o trabalho diuturno, árduo e estafante. Por sua vez, a ciência os aperfeiçoa e os primeiros ensaios da sensação e consciência sentimentais neles se fazem presentes.

    Especialistas preveem, e o noticiário jornalístico anuncia, para os próximos anos, inovações tecnológicas sem precedentes. Destaca-se a entrada em operação da banda de redes 5G que, até julho próximo, deverá ser  instalada nas capitais do país. Aumentará a capacidade de transmissão de dados, com alta concentração e baixa latência. Os meios de comunicação, em especial a telefonia, sofrerão um impacto considerável. As indústrias passarão a utilizar a inteligência artificial, com o predomínio da robótica, tal qual a telemedicina nas suas funções, de certa forma antes comentadas. Um avanço incomensurável, nos próximos anos, na condução de grande parte dos processos de inovação, em todos os segmentos industriais, tornando a produção mais sustentável. O aprendizado de máquina (machine learning) e a computação em nuvem se destacarão, entre as demais tecnologias. Por fim, afigurar-se-ão, como as inovações mais importantes, a banda 5G, a inteligência artificial, o aprendizado de máquina e a computação em nuvem. Todas essas impactarão as diferentes áreas de atuação, em especial as de comunicação, saúde, ensino e educação a distância, controles de tráfego, administrativos e financeiros, e outras.

    Na abalizada opinião de entendidos da matéria, o progresso tecnológico dos próximos anos será vertiginoso e até mesmo incontrolável, correspondendo a, praticamente, metade ou mais do que conseguem os humanos.

    Por outro lado, os elementos químicos alcançam poderes inimagináveis. Conseguirá o homem equilibrar e contornar os seus efeitos, e utilizá-los em benefício da humanidade? A ação fulminante de sua aplicação tanto pode proteger e beneficiar, como provocar situações destrutivas.

    Será, também, que o homem vencerá a queda de braço com a inteligência tecnológica, a qual repassa os seus conhecimentos, ou essa o levará à derrocada?

    Nessas condições, os fins devem justificar os meios. Todo o dito parece se constituir num autêntico desafio ao Criador. ”E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará.”(Daniel 12:4) 

    Apesar da turbulência de que se revestirá este ano, com economia instável, disputa de poder, dificuldades financeiras, desemprego e tantas outras, pode ser que essas transformações não passem despercebidas, tal será a sua dimensão e a sua repercussão nas atividades e áreas gerais de atuação.

    Sebastião Rios Júnior