•  

     

    O curso do tempo

     

     

    A quem tenha o que não fazer

    sobra precioso engenho:

    o passar do tempo entender.

     

     

    Fruição fluida ou pegajosa,

    o passar das horas.

    Às vezes , céleres como meninos

    ou passolentas como velhinhos.

     

     

    Paradas não ficam,

    quando muito, trôpegas,

    e ainda caminham.

    E cansadas, se desafiam

    em um trabalhar contínuo.

     

     

    A ferrugem corrói o ferro,

    o tempo corrói o ser humano.

    Porém o tempo, mais eficiente

    nos corrói fora e dentro

    e nos rasga como a um pano.


    Geraldo Felix Lima