- 
						 
				 
RATO? RAVEN?
Era pleno dezembro.
Alguém interfona.
- Se és, como te chamas, nesta funda noite umbrosa?
(Lanosa, conjeturo.)
- Espírito noturno, t’esconjuro?
- É só isto e nada mais.
- Então, sobe, sô.
- É só isto e nada mais.
Acenam apenas penas
por trás do verde
olho .
E ela, ave amarela:
- Sou teu louro, Lenora.
- É só isto e nada mais?
Graça Rios
(*)Paráfrase de “O Corvo”, de Edgar Allan Poe
 
